Filhos são bênção, será mesmo?




“Eis que os filhos são herança do SENHOR, e o fruto do ventre o seu galardão. Como flechas na mão de um homem poderoso, assim são os filhos da mocidade. Bem-aventurado o homem que enche deles a sua aljava; não serão confundidos, mas falarão com os seus inimigos à porta”. (Salmos 127:3-5 ACF)

"Os Salmos 127 e 128 comemoram a felicidade do justo em ter muitos filhos, como bênção de Deus. Muitos jovens casais cristãos, ao contrário do ensino bíblico, vêem os filhos como sendo um tropeço, um estorvo às suas carreiras profissionais, aos planos de divertir-se, conhecer o mundo... quem pode fazer isto com filhos pendurados nas calças? É possível que estes cristãos mudem de ideia, quando já for muito tarde, quando estiverem aposentados, doentes, velhos e sozinhos largados num asilo de idosos, sem ninguém que venha visitá-los, conversar com eles, e alegrá-los."
— Augustus Nicodemus Lopes


O Evangelho que Envergonha


Por Solano Portela

Eu me envergonho do evangelho católico romano que prega a salvação pela fé e obras e a inerrância das tradições.

Eu me envergonho do evangelho das seitas que apresentam escritos com autoridade superiores à Escritura que são frutos de uma nova revelação.

Eu me envergonho do evangelho neopentecostal que coloca as doutrinas da fé cristã em um quarto escuro e pouco frequentado e cria interpretações estranhas sobre gritos, agitação, unção, etc.

Eu me envergonho do evangelho neopagão que adiciona ao linguajar cristão cerimônias estranhas (cultos em montes, orações em cima de peças de roupas, marchas com petições escritas em sandálias e outros fetiches pagãos).

Eu me envergonho do evangelho dos vendedores de fórmulas de felicidade e de marqueteiros de manuais de prosperidade que se esquecem de que o Deus que pode abençoar é o mesmo que diz que neste mundo teremos aflições.

Eu me envergonho do evangelho dos curandeiros que valorizam o poder do personalismo e uma maratona de catarse coletiva.

Eu me envergonho do evangelho de certos caminhos da “graça” que fala muito do amor de Deus, mas apresenta uma graça barata que não é bíblica, confortando o pecador em seu pecado ao invés de levá-lo ao arrependimento.

Eu me envergonho do evangelho de certos tradicionalistas que se prendem a noções teológicas históricas escravizadoras e não especificadas nas Escrituras.

Eu me envergonho do evangelho metodológico de certos evangélicos que acham a pregação da Palavra sem poder a menos que seja aplicadas técnicas modernas – como se o poder estivesse na metodologia e não no Espírito.

Eu me envergonho do evangelho judaizante moderno de judeus messiânicos extremados que se colocam acima dos outros cristãos e levantam barreiras que o Messias já derrubou.

Eu me envergonho do evangelho neo-ortodoxo que separa a Palavra dos fatos da história e que prega um subjetivismo que nada afirma e nada constrói.

Eu me envergonho do evangelho dos liberais teológicos que mantêm o linguajar cristão, mas considera a bíblia um mero registro humano cheio de falhas.

Eu me envergonho do evangelho dos teólogos relacionais que pregam um deus impotente, sujeito às maquinações humanas e às leis da natureza, que não tem um plano, mas vive sujeito à frustração da busca de um relacionamento com um homem soberano.


Senhor, reafirma e fortalece a nossa fé! Livra-nos do evangelho falso que anula o sacrifício de Cristo Jesus. Que nos firmemos na liberdade, fugindo do falso evangelho que envergonha. Que sigamos a Palavra de Deus em tudo e proclamemos o verdadeiro evangelho.


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